quarta-feira, 30 de outubro de 2013

“Cancro com Humor” – uma fórmula de sucesso



Marine Antunes - palestra na Marabô (Outubro 2013)


Nasceu em França, a 13 de Fevereiro de 1990 e vive em Ourém. Licenciou-se em Comunicação Social e parece uma jovem como tantas outras, mas Marine Antunes é uma verdadeira força da natureza. Com 13 anos enfrentou uma das maiores adversidades da vida: o cancro – esse bicho feio que a mudou e fez dela uma pessoa mais consciente e responsável, mas que não lhe tirou a alegria de viver e o humor que tão bem a caracteriza.

Juntar as palavras “cancro” e “humor” na mesma frase parecia-me uma tarefa impossível, até que conheci a Marine e o seu trabalho, visível no blog “Cancro com Humor” e na associação sem fins lucrativos com o mesmo nome. Fiquei absorvida pela forma como ela trata a doença, quase como se lida com um daqueles vizinhos de quem não gostamos, mas que cumprimentamos todos os dias por respeito. Por isso, quando a convidei para o “Na história da gente”, avisei-a que teria que ser ela a colocar-me travões, mas a Marine não o fez. Respondeu a tudo sem tabus, sem rodeios e mostrou um lado diferente do que mostra no seu blog: mais sensível, cautelosa e com medo também. Garante que fala com o cancro todos os dias, mas sempre de forma “muito tranquila, muito positiva”, porque “se não fosse esta patada eu não teria aprendido muitas coisas.”

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Quando a música portuguesa faz sentido




Miguel Lestre é natural de S. João da Madeira, tem 26 anos e é um jovem de muitos talentos: ele canta, toca baixo e guitarra e escreve, como poucos conseguem fazer. Faz parte dos Prana e d’Os Ursos, uma banda de covers. Não gosta de ser o centro das atenções, pois acha “que uma banda deve ser banda, e a partir do momento em que nos assumimos como uma entidade composta por várias pessoas é como se te apresentassem alguém e só te apresentassem uma perna. Sinto-me como se estivessem a deixar de parte a bateria, a guitarra…”

Conheci o Miguel por acaso, na despedida de solteira de uma amiga, na qual ele nos presenteou com duas canções e abrilhantou a noite. Daí a familiarizar-me com o trabalho dos Prana foi um instante e a surpresa mais que agradável: gente nova a dar sentido à música portuguesa. Há quem os compare com os Ornatos Violeta, uma das bandas de referência de Miguel: “Não há como negar as evidências. Não posso negar que cresci a ouvir e a adorar aquilo. E foi um dos motivos principais para começar a escrever em português - achava aquilo lindo e pensei como é que ninguém se digna ao desafio de escrever em português?” E Miguel cumpre bem esse desafio, sendo ele o autor das letras deste grupo cujo nome significa “energia vital.”

O seu percurso na música “aconteceu de forma natural: passei pelo corredor, vi as guitarras e pensei por que não? Partiu de mim.” As guitarras de que fala pertenciam ao pai, que em tempos também fez parte de uma banda de rock, e que foi quem o educou musicalmente. Cresceu a ouvir “Doors, Pink Floyd – aquele que eu considero ser o género certo de música.” A escrita, por sua vez, surgiu mais tarde, e, primeiramente, em inglês, “quando formei a minha primeira banda, os The Root of Sound”. Com este projecto, Miguel perdeu o medo do palco e ganhou experiência para o grande desafio da sua vida: os Prana, cujo início foi há oito anos, na sequência de encontros de amigos, nas noites quentes de Verão, num jardim em S. João da Madeira - o mesmo jardim onde nos encontramos para a entrevista. Miguel e João Ferreira (guitarrista) juntaram-se a Diogo Leite (baterista) e a André Oliveira, que entretanto deixou a banda. Hoje, nas teclas do grupo está Miguel Ferreira, que também colabora com os Clã.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

“Pela música vou até ao fim do mundo”

© Sara Santos Silva


Considera-se um clichê pela forma como entrou na música: enquanto criança, e durante os almoços de família, subia para cima da mesa e dançava, até que descobriu as panelas e os testos de cozinha e começou a montar kits de bateria. Mal sabia que aqui estava o seu futuro. Hoje colabora com várias bandas do panorama musical português, como os X-Wife, We Trust, Best Youth, entre outros. Esta é a história de Nuno Sarafa, um autodidacta que trata a bateria por tu.


Cresceu como tantos outros miúdos dos subúrbios, a jogar futebol e a brincar ao pião. Mas a música já lhe estava nas veias. Nuno Sarafa não canta, mas toca, muito e bem. E tudo aconteceu por acaso aos 13 anos: “um dos meus melhores amigos tinha uma banda e eu costumava ir aos ensaios deles, que era, religiosamente, o sábado inteiro. Quando eles faziam pausas nos ensaios, ao invés de ficar na galhofa com eles, eu virava-me para o baterista e perguntava se me podia sentar. E ele dizia-me que eu não sabia tocar. E era verdade, mas queria apenas sentar-me na bateria.” Ganhou-lhe o gosto de tal forma que aos 17 anos formou uma banda com uns amigos.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Bem-vindos ao "Na história da gente"


Aqui vai falar-se de gente.
De gente com histórias para contar.
De gente que tem um talento natural, que nos faz sorrir e esquecer a rotina.
De gente que deu a volta por cima, em momentos menos positivos.
De gente que ultrapassa as vicissitudes da vida com humor, coragem e garra.
De gente inovadora e capaz.

Aqui vai falar-se de gente que vale a pena e que nos faz acreditar num mundo melhor.

Sejam bem-vindos ao "Na história da gente"!